Inspirado nos fatos ocorridos na chamada “Campanha Gerônimo”, o filme conta a história de um oficial da cavalaria americana, Charles Gatewood (Jason Patric), encarregado pelo coronel George Crook (Gene Hackman) de capturar o “rebelde” chiricahua Geronimo (Wes Studi), o último grande líder apache que resiste à ideia de se deixar isolar em uma reserva, cujas terras, geralmente restritas e pouco valorizadas produtivamente, representavam para si e para os seus o fim de uma época.
O filme é narrado sob o ponto de vista do jovem soldado Britton Davis, interpretado por Matt Damon, e conta ainda com a bela participação de Robert Duvall, como Al Siber, um experiente rastreador de índios..
Geronimo tem o mérito pouco comum de retratar o índio de maneira mais próxima e mais humana. Também retrata homens do exército com invulgar grau de dignidade e de preocupação com o resultado de suas ações na “comunidade”. E talvez seja mesmo esse o fio condutor da narrativa, abordar esses conflitos e questionamentos, algo pouco comum no gênero. Geronimo é um filme bonito, bem dirigido, bem roteirizado, repleto de imagens à la John Ford, embora, por vezes, se torne desnecessariamente lento. Sem dúvida, vale conferir; mas sem exigências de rigorismo histórico, pois, de um modo ou de outro, ele levanta com talento uma justa reflexão.