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Robert Woods, Simone Blondell e Nicoletta Machiavelli
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O magnífico blog Bang Bang a Italiana no Brasil, do amigo Edelzio Sanches, presenteou brilhantemente, no último dia 24 de dezembro, os amantes do eurowestern de todo o mundo com uma bela entrevista a uma das grandes atrizes italianas, que participou do inesquecível gênero cinematográfico, Simone Blondell,
ou, como é conhecida atualmente, Simonetta Vitelli (W Django/1971, Per una bara piena de dollari/1971).
Com toda a sua competência, Edelzio conseguiu reunir na entrevista, além da filha do inesquecível diretor italiano Demófilo Fidani (Straniero... fatti Il segno della croce!/1967), uma pequena constelação, que contou com a participação do grande ator Robert Woods (Battle of the Bulge/1965, Black Jack/1968), da maravilhosa atriz Nicoletta Machiavelli (Faccia a faccia/1967, L’important c’est d’aimer/1975), e de Hunt Powers (Sugar Colt/1967, Spider-Man/2002), além, é claro de cinéfilos de várias partes do mundo (Brasil, Rússia, Portugal...), para conversar com Simone Blondell, uma das mais lindas atrizes que o eurowestern conheceu, capaz de disparar o coração dos marmanjos de todo o mundo com seus lindos olhos de um belo turquesa passando para o cinza, quase sempre penando na mão de vilões e brutamontes, a esperar que o herói lhe viesse em socorro. Simone Blondell, ou Simonetta Vitelli, como queiram, é mais uma das maravilhosas atrizes que figurou no auge do seu esplendor como mulher e atriz em um dos gêneros mais populares da história do cinema mundial: o nosso querido western.
A forma como o Edelzio organiza suas entrevistas é um invulgar exemplo de democracia, de maturidade e cordialidade. Ele seleciona perguntas enviadas pelo pessoal da área, cinéfilos, que têm conhecimento e afinidade com o gênero, e transforma sua entrevista numa espécie de celebração entre amigos. A mim, couberam duas perguntas à querida Simone Blondell, a que ela respondeu carinhosamente, como a todos os amigos. Abaixo, coloco três perguntas, com as respectivas respostas, uma do Edelzio, uma minha, e outra, feita por Nicholetta Machiavelli, e disponibilizo, ainda, o link para que você, amigo leitor, possa acessar a entrevista na íntegra e conhecer um pouco mais dessa grande artista do cinema italiano e mundial, inclusive com revelações nunca antes feitas na mídia:
E. Sanches: Em 1973, você chegou a ter o pseudônimo de Mariangela Matania no filme “La legge della camorra” [Mafia killer – USA], um criminal com Reza Beyk Imanuverdi e Dino Strano (Dean Stratford). Por quê?
Simone Blondell: Houve um erro de interpretação na impressão dos créditos. Matania/Donna Carolina, deveriam ser os nomes dos meus personagens e não o nome de atriz, mas já era tarde demais para mudar os títulos, pois teriam que mudar todo o original e refazer tudo, então acharam melhor deixar a edição final desta forma. Naquela época havia dessas coisas.
Lemarc: Você assistiu aos filmes do seu pai? Qual a sua opinião sobre eles em geral? E quais são os melhores, que ficaram em sua memória?
Simone Blondell: Sim, eu vi todos os seus filmes mas não posso julgá-los. Bons ou ruins para mim são coisas de coração.
Nicoletta machiavelli: Que experiência você pode recordar com maior prazer no set de um filme de faroeste?
Simone Blondell: Em cada set de filmagem, havia todos os tipos de homens (atores, acrobatas, artesãos), eu me sentia como uma rainha.
Uma memória especial no meu coração foi ter conhecido Gordon Mitchell e num dia de trabalho, durante uma pausa, eu li a sua mão, e todas aquelas coisas que tinha acabado de ler se tornaram realidade.
Vídeo de “Terror! Il castello delle donne maledette”, um sexploitation de 1974, com Simone Blondell, Gordon Mitchell e Rossano Brazzi: