Ouviram, em todo o globo, o brado retumbante de um povo!
Estou orgulhoso do Brasil!!! Sei
que há questões difusas e que é cedo para comemorarmos certas vitórias, mas o
simples fato de ver o país mobilizado em justa causa já é o suficiente para nos
alegrar. Finalmente o povo resolveu mostrar aos comandantes deste imenso navio,
à deriva, que não está mais disposto a conviver com o descaso, tendo seus
direitos a educação, segurança, atendimento de saúde digno, orgulho de ser
brasileiro, negados. É preciso, porém, que as manifestações mantenham o foco
acertado. As reivindicações, que se iniciaram reclamando transporte público digno
e a preço justo, estão ganhando robustez e resvalam gradualmente para a
exigência de mudanças na política nacional, na justiça e no modelo corrupto de
gerenciamento do país.
Mesmo sem o formato tradicional
de lideranças definidas, para não se esvaziar ou ser ludibriado, o movimento
precisa definir uma pauta clara de reivindicações. Em resumo, deve rápida e objetivamente
formular o pedido de reformas estruturais e de revisão dos códigos e leis, para
torná-los capazes de atender ao que anseia a população, já sem paciência de
esperar pela ação de um grupo dominado por aproveitadores que se diz classe
política. Sair, o movimento, desse embate sem vitórias, será um grande conforto e contentamento
para os mandarins da política nacional, a certeza de que podem continuar com suas
falcatruas e felizes por manter o trem desgovernado; portanto, deve-se evitar
que as manifestações se transformem no que detratores poderão chamar de "apenas gritos
loucos para ouvidos moucos”.
Mas não tenham dúvidas, nobres
brasileiros, os políticos devem estar a essa hora, apavorados e torcendo para
que os manifestantes aceitem “qualquer coisa” para se calar, como um modesto
recuo nas tarifas de transporte público. A essa altura dos acontecimentos, muitos
deles se preocupam em acalmar a turba enraivecida, atendendo a uma ou outra
reivindicação. Para os inimputáveis e tradicionalmente intocáveis, ceder em
pequenos pontos será uma grande vitória, ou melhor, “sai barato”.
O movimento precisa estar, portanto, atento e ciente de que é possível, sim, conseguir mais. Certo de que os políticos estão aterrorizados com a possibilidade inédita nesse país de serem confrontados, que se encontram amedrontados com a descoberta de que aquele povo que parecia frouxo, não é mais o cordeirinho incapaz de ameaçar os lobos.
O movimento precisa estar, portanto, atento e ciente de que é possível, sim, conseguir mais. Certo de que os políticos estão aterrorizados com a possibilidade inédita nesse país de serem confrontados, que se encontram amedrontados com a descoberta de que aquele povo que parecia frouxo, não é mais o cordeirinho incapaz de ameaçar os lobos.
Lamentável foi ver Dilma -
responsável-mor do país - e Haddad - responsável-mor da principal cidade do
Brasil - que, enquanto o povo tomava as ruas, corriam, como crianças
desamparadas em busca dos pais, a pedir orientação e auxílio ao ex-presidente
Lula, este já fora dos quadros da administração pública, como quem recorre a um
sábio, ou a um especialista em manipulação de massas, assim ratificando mais
uma vez a pecha, colocada por seus opositores, de serem postes do seu criador.
Hoje vai haver mais um jogo da
seleção brasileira, em Fortaleza, e as autoridades devem estar mais que
apreensivas com o que possa ocorrer em termos de manifestação nesse, nos outros
jogos, e, enfim, nos eventos que foram megalomaniacamente
e populisticamente inventados pela
gestão passada, para a alegria dos superfaturadores e desapontamento dos
brasileiros politizados.
Só mais uma coisa: caros
militares, não maltratem, cuidem desses meninos (jovens e até idosos de brio) que
lutam por um país melhor para todos, e isso inclui vocês, suas famílias e todos
os filhos, netos e bisnetos do Brasil. Sua missão é proteger o povo e o país,
não aos políticos e a seus desmandos, que, por mais que às vezes não pareça, a
todos prejudica. Portanto, não deixem de cumprir suas funções com a máxima elegância
possível, inteiramente dentro da legalidade e proporcionalidade, não vendo o
povo como o inimigo que ele não é. Certamente haverá excessos e atos
indesejados, e até ação de bandidos infiltrados, mas esses podem ser
contornados com preparo e competência. E não esqueçam: o movimento representa
cada brasileiro indignado com o circo e com o lamaçal em que se transformou a
administração pública do país.
Todos que querem mudança têm o
dever patriótico de aderir. Juntos, podemos fazer o Brasil com que nos habituamos a
sonhar! Senhores políticos, comecem a botar suas barbinhas de molho...
p.s.: Cópia autorizada pelo autor. Se necessário, entre em contato.