29 de abril de 2017

Elogio da Sogra

O que se ouve por aí
Na boca do vulgo falador,
É um sem número de histórias,
Tal que a sogra anuncia
A esposa de amanhã,
O que não é uma mentira
Nem tampouco uma verdade,
E, invertendo o raciocínio,
Creio foi a minha bem bonita.

Mas não farei troças também,
Não que prescinda algo de graça,
Ou ainda que, de todo,
Seja vil divertimento.
Como diria, então, pilhérias
De quem a mim ventura trouxe?
Como diria coisas tais
De quem à luz deu a quem deu luz
Às caras pessoas dos meus dias?

Já no primeiro momento

Deu-me ela o esplendor,
Minha faceira namorada,
E, aquiescendo, tenazmente,
A companheira dos meus dias.

Deu-me
A mãe dos meus rebentos,
E ainda cuidou de cada deles,
Afastando o mal com incenso;
E, como se tudo não bastasse,
Deu-me a primeira leitora,
Que por feliz coincidência
É minha leitora apaixonada,
E o mais especial presente,
Deu-me, essa grande benfeitora,
A minha musa inspiradora.




À minha sogra  



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